Mais tecnologia na educação

Boa tarde,

Para entrar  no assunto de hoje preciso contar um pouco da minha trajetória tecnológica.

Nasci em 1980 e tenho, portanto, 33 anos. Nessa época, principalmente no Interior - sou natural de Nova Friburgo - não eram muitos os que tinham telefone em suas casas. O meu, se assim posso chamá-lo, ficava do outro lado do quintal, na casa de minha avó. E por muitos anos foi assim. Caso a pessoa que procurávamos não estivesse em casa, deixávamos um recado. Não havia essa expectativa de falar com o outro quando quiséssemos. Hoje, se não antedo uma ligação, fazem com que me sinta uma criminosa. Como assim sair de casa sem o celular? 

Aos 14 tive meu primeiro computador, um "quatro oito meia".





Fiz cursos de DOS, Carta Certa e Dbase, principais programas da época. Pouco tempo depois surgiu o Windows e precisei me adaptar ao novo sistema operacional - muito mais fácil e intuitivo, por sinal. 

Acho que tinha uns 19 anos quando tive me primeiro celular "tijolão" - assim o chamavamos devido ao seu enorme tamanho.




Videogames eram também muito diferentes dos atuais. Quem tem mais de 30 anos com certeza recorda-se de jogos como Enduro, River Raid e Homem Aranha, por exemplo.






Divagando um pouco sobre os jogos citados, o primeiro resumia-se a guiar um mesmo carro por circuitos muito similares uns aos outros, com pequenas variações de visibilidade e  controle do carro. Em River Raid, você controla um caça de assalto em uma feroz luta no "Rio Sem Volta", destruindo navios, helicópteros e jatos inimigos. As fases são sempre similares às anteriores, mudando apenas o grau de dificuldade. Já no Homem Aranha seu objetivo é escalar um prédio evitando bandidos que possam derruba-lo. O jogo é muito interessante e desafiador no começo; ao longo das próximas fases, entretanto, a repetição e a dificuldade são fatores que cansam. 

Os celulares evoluíram e tornara-se menores, depois evoluíram mais e ficaram até espertos rs, são os Smartfones (e agora estão crescendo de novo).

Os computadores  de hoje são capazes de nos ajudar a criar coisas incríveis, como os efeitos especiais dos filmes, por exemplo.

Os vídeo games mudaram sua forma de contar história e estão cada vez mais próximos da realidade. Os jjogos de carro não limitam-se mais a deixar você conduzi-lo por pistas diferentes. Em "Need for Speed, Most Wanted" o principal objetivo do jogo é fugir da polícia para subir na "Lista negra dos procurados". Ele faz parte de uma série que surgiu em 1994 e já conta com mais de 20 títulos. A cada novo jogo, uma história, e com gráficos cada vez mais realísticos. Você se sente, por vezes, em um filme.
O homem Aranha também evoluiu bastante e o último exemplar, lançado e 2012, com o mesmo titulo do filme - "The Amazing Spider Man" - já veio com suporte para a tecnologia 3D, o que quer dizer imersão total. Com gráficos maravilhosos a história do jogo começa onde termina a do filme. Hibridismo dos gêneros. Incrível! Fica um trailer para quem não conhece.



Bem, cheguei onde queria: vi a tecnologia nascer e evoluir. Percebi desde o primeiro momento que ela seria uma ferramenta tão importante quanto os livros no processo educativo. Mais que isso, ela cria um elo com aqueles que já nasceram em berço esplêndido, digo, eletrônico.

Nossas histórias nascem das histórias que vemos e lemos. Quantas vezes encontramos nas redações personagens ou enredos dos filmes/séries/jogos preferidos de nossos alunos? Você, professor, conhece reconhecer essa intertextualidade? 
Ouço tanto professores reclamando que as criancas não são mais as mesmas Então por que continuar ensinando da mesma forma? Precisamos nos adaptar. E só temos a ganhar com isso. 

Já tirou uma tarde inteira para jogar Black Ops, Uncharted, GTA, Mortal Kombat, Batterfiel, Folklore, Dragons´s Dogma ou God of War? Então você não sabe as incríveis histórias que está perdendo. Sabia que muitos jogos se utilizam da literatura em seu enredo? Já ouviu falar de "Dantes´s Inferno", baseado na  "Divina Comédia" de Dante Alighieri? Pois é... A tecnologia pode surpreender e pode ser um caminho para se aproximar do universo do aluno. Pense nisso.

Até a próxima!




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