Prólogo
Oi galera, esse é o início do prólogo de um livro que um grande e querido aluno meu, Eduardo D'Ambriso, está escrevendo. Vou postando em partes. Curtam essa aventura! BJ BJ
Prologo.
Em outra ocasião, seria suspeito quatro crianças andando juntas no meio
da noite na parte mais violenta do Reino de Imperius, mas não naquela noite.
Zefiro andava à direita e à frente do grupo, ao lado de seu amigo Zaid,
um garoto de cabelos muito vermelhos um tanto bagunçados, íris escuras como o
céu noturno e um jaquetão preto, herdado de seu padrasto, que ia até abaixo dos
joelhos. Zaid era muito pobre e era filho de um pirata que morrera há pouco
(por isso estavam naquela parte da cidade, estavam voltando do funeral de seu
padrasto). Alguém que o olhasse de relance pensaria que ele era completamente
normal, mas ao olhar com atenção perceberia dois pequenos chifres compridos e
pontudos voltados para frente que se escondiam embaixo dos cabelos
desarrumados.
Ao seu lado estava um garoto um pouco mais alto do que ele de cabelos tão
desarrumados quanto ele, no entanto eram prateados como a Lua e com mechas
pretas. Zefiro era um dos mais normais do grupo - com exceção de uma marca
negra no desenho de um raio disforme que começava um pouco acima do seu olho e
terminava no seu lábio superior. Por isso usava uma máscara branca que cobria um quarto
de seu rosto, seus olhos eram tão verdes que pareciam ser feitos de esmeraldas,
iguais ao de sua irmã, um ano mas jovem, que andava às suas costas. Milena era
bem menor que Zefiro e um pouco mais magra que ele, usava cabelos cortados
acima do pescoço num tom de rosa muito
forte. Também possuía uma marca igual à de seu irmão, porem, não a escondia. Em
parte porque era a coisa menos chamativa nela, em parte porque Milena
dificilmente tinha vergonha de alguma coisa. Usava também uma jaqueta branca e
vermelha que cobria até abaixo da cintura, fazendo parecer um vestido. Ao
seu lado estava Apolika, uma garota de um lugar distante que ela chamava
de Grecia, era uma garota muito bonita de cabelos compridos e mais brancos do
que a neve. Possuía dois cachos que caiam um de cada lado do seu rosto, era
mais alta do que Milena, porém, mais baixa do que Zaid e ainda havia um
detalhe: era cega. Sua mãe contara que ela já havia nascido cega e desde então
não deixara de usar bandagens nos olhos. Ela havia desenvolvido uma habilidade
um tanto incomum: com o tempo Apolika aprendera a usar a audição para se
movimentar no ambiente, podendo assim andar sem problemas na cidade.
Todos dormiam na casa de Apolika, porque eram agora, com exceção dela, órfãos,
e não tinham lugar para fica. Como a família de Apolika possuía uma mansão no
outro lado da cidade podiam dormir lá..
Estavam todos indo para mansão de Apolika quando apareceram na frente
dos garotos um grupo de jovens um pouco suspeitos e foi apenas quando estavam
perto que Zefiro percebeu que estavam armados com facões, então, aos sussurros,
disse para os outros:
- Temos que sair daqui, esses caras estão armados, temos que fugir!
- Deixa de ser medroso Zefiro – disse Milena num tom descrente, recomeçando a andar – Eles não vão fazer nada.
Ao passar pelo grupo, um dos jovens puxou Milena pela gola
da jaqueta e bateu com a cabeça dela na parede, fazendo-a ficar desacordada.
Enquanto isso os outros jovens fizeram um cerco em volta do grupo e os encurralaram
numa parede, então, o que parecia ser o líder do grupo, disse para Apolika:
- Passa todo o ouro que tiverem!
- Não temos nenhum o-ouro – disse Apolika assustada. O que era verdade, já
que estavam voltando de um funeral não havia motivo para terem dinheiro.
- Até parece! – disse o líder do grupo – Eu sei que você é aquela
riquinha do outro reino, pode passar o seu ouro... Ou você vai forcar a gente a
usar essas facas?
- Não tenho nenhum ouro, eu ja disse! – disse Apolika num tom de
desespero.
- Não minta para mim!
No final dessas palavras
ele foi para cima da garota e ela deu um berro agudo de medo, mas antes que ele
pudesse atacá-la, Zaid empurrou-o, e o que parecia antes um tom de tristeza
fora agora substituído por um brilho de ódio intenso. Seus olhos ficaram
completamente negros como um abismo e seus chifres cresceram, ele estava num estado
de completa ira. “Nunca o vi assim” - pensou Zefiro - “eu já vi esse
olhos antes, mas não lembro onde...”
-Deixe-a em paz! Ela disse que não
tem nenhum ouro! – disse Zaid numa voz muito grave.
O ladrão ficara tão assustado com a mudança repentina dos
acontecimentos que empunhou seu facão e atacou Zaid, que por sua vez desviou
com muita facilidade e tentou avançar, mas ao dar um passo rápido para frente o
ladrão atacou-o novamente e dessa vez acertou um ataque horizontal em seu
rosto, do qual Zaid imediatamente se esquivou e se recostou na parede. Apolika
soltara outro grito agudo de horror enquanto o grupo de ladrões fugia
aterrorizado com o estado em que Zaid se encontrava. “Parecia um demônio” –
pensou Zefiro – “Já vi esse olhos, tenho certeza disso...”
Milena acordara a tempo de ver os últimos acontecimentos e quando Zaid
tirou as mãos dos olhos ela sufocou um grito rouco ao mesmo tempo em que
Apolika começava a chorar. Zefiro, ao olhar para o rosto de seu amigo, também
tomou um susto, os olhos de Zaid estavam sangrando, um corte ensanguentado
atravessava seu rosto.
Zaid ficara cego.
O próximo capítulo sai assim que nosso escritor voltar a fazer o dever de casa rs. bjs
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