O último dançarino de Mao - Interdisciplinar Educação Física/História/Geografia/Língua Portuguesa

Boa tarde,

Ontem, no auditório Paulo Freire, na Unirio, tive o prazer de participar do CINE CCH - um projeto de aprendizagem com o cinema.
O filme "O último dançarino de Mao", não trouxe apenas lágrimas, mas também muitos ideias para trabalhá-lo em sala. 

Para os que não conhecem segue a sinopse o o link para download do filme.

"China, durante a Revolução Cultural implementada por Mao Tsé Tung. Aos 11 anos Lin Cunxin
foi escolhido para deixar sua família de camponeses e estudar balé em Pequim. Em 1979, durante uma visita ao Texas, nos Estados Unidos, ele se apaixona por uma mulher local. Dois anos depois, ele se torna o principal dançarino do Houston Ballet e também o principal artista do Australian Ballet."



O filme é muito rico em temas para desenvolver. Considero interessante trabalhar interdisciplinarmente com um professor de Educação Física, que pode falar sobre a relação mente x corpo, abordar a trajetória da disciplina na educação brasileira, dentre outros temas. Não tenho intenção, vejam bem, de me intrometer na disciplina de ninguém. Posto apenas sugestões. Nós, professores de Língua Portuguesa podemos trabalhar um dos elementos da narrativa: o tempo cronológico e psicológico. Um professor de História poderia se aprofundar na política da China desde o época das dinastias até as décadas em que se passa o filme. O de Geografia, por sua vez, poderia inteirar os alunos dos aspectos políticos da China e  EUA  e a relação entre os dois países. Há um mapa muito interessante presente nos livros didáticos chineses que vale a pena comentar. Perceba que nele a China está no centro do mundo. 



Aqui estão alguns tópicos que anotei sobre a obra e que podem render bons frutos nos debates com os alunos.

  • Como diferentes culturas lidam com o corpo?
  • O personagem principal é escolhido pelo biotipo, como no Admirável Mundo Novo de Huxley. Sua vontade e/ou talento não são considerados a princípio.
  • Qual é o rigor necessário para se produzir um artista/atleta de alto nível?
  • Quanto às orientações pedagógicas de ambos os países vemos:
            Oriente: arte a serviço do comunismo

            Ocidente: arte como produto do capitalismo
  • Na década de 70, no tricampeonato mundial, o regime autoritário brasileiro valeu-se do esporte como propaganda política para "vender" ao resto do mundo a imagem de governo próspero. Houve investimento na educação física com o objetivo de criar um possível exército forte e sadio (bem similar aos chineses e japoneses). Infelizmente o Brasil não prosperou na produção de atletas vencedores e o modelo educacional, chamado piramedal porque tinha a educação física como base da pirâmide - faliu.
  • A OMS (Organização Mundial de Saúde) - define felicidade como bem estar físico e emocional. Podemos dizer que a infância e adolescência do protagonista foi feliz?
  • Liu prosperou porque era persistente ou sua condição foi imposta?


Há outros filmes que podem ajudar a complementar o trabalho.

O filme "A onda" [The wave] tem início com o professor de história Burt Ross explicando aos seus alunos a atmosfera da Alemanha, em 1930, a ascensão e o genocídio nazista. Os questionamentos dos alunos levam o professor a realizar uma arriscada experiência pedagógica que consiste em reproduzir na sala de aula alguns clichês do nazismo: usariam o slogan "Poder, Disciplina e Superioridade", um símbolo gráfico para representar "A onda", etc. 
O professor Ross se declara o líder do movimento da "onda", exorta a disciplina e faz valer o poder superior do grupo sobre os indivíduos. Os estudantes o obedecem cegamente. A tímida recusa de um aluno o obriga a conviver com ameaças e exclusão do grupo. A escola inteira é envolvida no fanatismo d'A onda, até que um casal de alunos mais consciente alerta ao professor ter perdido o controle da experiência pedagógica que passou ao domínio da realidade cotidiana da comunidade escolar. 
O desfecho do filme é dado pelo professor ao desmascarar a ideologia totalitária que sustenta o movimento d'A onda, denuncia aos estudantes o sumiço dos sujeitos críticos diante de poder carismático de um líder e do fanatismo por uma causa. 
Embora o filme seja uma metáfora de como surgiu o nazi-fascismo e o poder de seus rituais, pode conscientizar os estudantes sobre o poder doutrinário dos movimentos ideológicos políticos ou religiosos. O uso de slogans, palavras de ordem e a adoração a um suposto "grande líder" se repetem na história da humanidade: aconteceu na Alemanha nazista, na Itália fascista, e também no chamado 'socialismo real' da União Soviética, principalmente no período stalinista, na China com a "revolução cultural" promovida por Mao Tsé Tung, na Argentina com Perón, etc. Ainda, recentemente, líderes neo-populistas da América Latina, valendo-se de um discurso tosco anti-americano, conseguem enganar uma parte da esquerda resistente a aprender com a história.


Filme completo no youtube



link para download do filme:  http://uploaded.net/file/5m16ya82#


Pra gente finalizar um documentário que indaga a procedência do talento. Ele parte da problemática da origem da genialidade, será que o talento é algo inato, que possuímos já antes de nascermos? Ou adquire-se durante o crescimento? Tenta, assim, explicar o milagre das crianças prodígio.
Outra questão que o documentário tenta resolver é se a morfologia de um cérebro “normal” e de um “genial” é diferente ou não. Parte ainda da questão se o ambiente em que se é educado tem influência nas capacidades desenvolvidas pelas “mentes brilhantes”.


Essa é a primeira parte. O vídeo completo tem 5. Basta que você no assista pelo youtube que as demais partes irão carregar automaticamente assim que terminar a primeira.



Até a próxima!











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